Morreu neste domingo (19), aos 92 anos, o jornalista, apresentador e locutor Léo Batista, um dos maiores jornalistas esportivo do Brasil.
Nascido em Cordeirópolis, região metropolitana de São Paulo, em julho de 1932, filho dos imigrantes italianos Antonio Bellinaso e Maria Rivaben, começou a trabalhar na adolescência no serviço de alto-falantes da localidade natal.
Em 1952, Leo foi para o Rio de Janeiro concorrer a uma vaga na Rádio Clube do Brasil, mas em vez disso, foi contratado pela Rádio Globo, para trabalhar como locutor e redator de notícias no programa "O Globo no Ar?", comandado por Raul Brunini.
Sua estreia como locutor esportivo aconteceu em uma partida entre São Cristóvão e Bonsucesso, no Maracanã. A partir da edição de 1950, Leo participou de todas as Copas. Ao vivo ou na retaguarda, atuou também em Olimpíadas, Jogos Pan-Americanos... "Não perdi mais nada" - afirma Leo.
Ele foi um dos que transmitiram o primeiro jogo da carreira de Mané Garrincha, em 1953. Pela Rádio Globo, Leo Batista entrou para a história em 1954, sendo o primeiro radialista a noticiar o suicídio de Getúlio Vargas.
Leo sempre gostou do veículo. Em 1955 trocou de emprego e se mudou para a hoje extinta TV Rio, onde comandaria por 13 anos o Telejornal Pirelli, um dos noticiários de maior sucesso na televisão.
Chegou à Globo em 1970 e logo se destacou devido ao seu estilo descontraído. Em 1970, como freelancer, foi chamado para compor a equipe esportiva da TV Globo, que mandara seus principais nomes para o México, na cobertura da Copa do Mundo.
Logo após a Copa, o locutor teve que substituir o apresentador Cid Moreira em uma edição do Jornal Nacional. Ele respondeu bem e foi contratado em definitivo, chegando a apresentar as edições de sábado do JN.
Leo Batista era o apresentador mais antigo em atividade na Globo e foi um dos criadores, em 1978, do programa Globo Esporte. Na emissora, Leo inaugurou o Jornal Hoje, em 1971, ao lado de Luís Jatobá e Márcia Mendes, participou do Globo Rural, narrou os gols da rodada no Fantástico, e tem microfone cativo no Globo Esporte e no Esporte Espetacular.
Nas décadas de 1980 e 1990 chegou a apresentar um bloco esportivo no Jornal Nacional, aos sábados. Seu rosto pôde ser visto nas edições de sábado do Globo Esporte e sua voz às quartas feiras, nos intervalos dos jogos brasileiros.
Também narrou as aventuras dos Heróis Marvel, nos anos 80, quando a TV Globo transmitia os desenhos animados.
Léo Batista foi diagnosticado com câncer de pâncreas após se queixar de dor abdominal e desidratação, estava internado havia treze dias no Hospital Rios D’Or.
Em redes sociais amigos se despediram do apresentador que fez história no jornalismo esportivo, o apresentador Alex Escobar postou uma homenagem dizendo: “Neste domingo triste, nos despedimos do seo Léo...o GRANDE COMUNICADOR Léo Batista! e como é difícil a despedida.” Completou dizendo, “Foi triste vê-lo perdendo a força, admitir isso, é triste não vê-lo mais. Descanse, meu amigo. Um dia a gente se encontra.”
O governador do estado do Rio, Cláudio Castro escreveu em sua rede social “A perda de Léo Batista deixa uma saudade enorme em todos os apaixonados pelo esporte. Léo foi um ícone do jornalismo esportivo brasileiro, uma voz marcante e de grande relevância para a história da comunicação no nosso país. Quero expressar meus sentimentos à família, aos amigos e a todos que tiveram o privilégio de acompanhar o trabalho de Léo. Sua contribuição para o jornalismo esportivo será sempre lembrada com respeito e admiração.”
O escritor Walcyr Carrasco também prestou solidariedade à partida de Leo Batista “Léo Batista nos deixou neste domingo!
Um ícone do jornalismo esportivo brasileiro, uma voz que marcou gerações! Minha solidariedade aos seus familiares, amigos e colegas. Descanse em paz, Léo Batista!”
O horário e local do enterro e velório não foram divulgados.
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