O Ministério Público Eleitoral (MPE), por meio da 50ª Promotoria Eleitoral, ajuizou uma ação contra o vereador reeleito de Casimiro de Abreu, Pedro Ygor Gadelha Mota dos Santos, e seu assessor parlamentar, Glauco Pereira da Penha, por captação ilícita de sufrágio. A ação acusa os dois de compra de votos no dia das eleições e pede à Justiça Eleitoral a cassação do registro ou diploma de Pedro Gadelha, reeleito com 1.088 votos, além da aplicação de multa no valor de 50 mil UFIR e a declaração de inelegibilidade do candidato.
Segundo o MPE, no dia 6 de outubro, durante a votação, a equipe de fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) recebeu uma denúncia indicando que um indivíduo em uma motocicleta branca estaria comprando votos no centro da cidade. Ele utilizava um imóvel para armazenar uma lista com eleitores que venderam seus votos e também para receber dinheiro para comprar mais votos.
O suspeito foi preso em flagrante pela equipe do TRE-RJ, em parceria com o MPE, ao retornar à motocicleta. Durante a abordagem, foram encontrados R$ 2.400,00 em espécie, uma lista com os nomes, números de títulos de eleitor, zonas eleitorais e seções de 14 eleitores, além de centenas de santinhos de campanha do candidato Pedro Gadelha.
A Promotoria sustenta que os elementos reunidos comprovam a prática de compra de votos, caracterizada no artigo 41-A da Lei 9.504/1997, que trata da captação ilícita de sufrágio. A ação solicita que a Justiça Eleitoral casse o diploma de Pedro Gadelha e o torne inelegível, além de aplicar as penalidades previstas na legislação.
A denúncia está sob análise da Justiça Eleitoral e pode resultar na perda do mandato do vereador reeleito.
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