Na manhã do último domingo (28), as ruas de Copacabana foram tomadas pela força e pela potência das mulheres negras, que se reuniram para a 10ª Marcha das Mulheres Negras. Este evento, marcado por intensa emoção, foi uma ocasião para celebrar e relembrar as grandes lideranças que moldaram este movimento, deixando um legado inestimável de luta e resistência.
Entre as figuras históricas homenageadas estavam Tia Ciata, Dona Ivone Lara, Carolina de Jesus e Marielle Franco. Cada uma delas, com seu protagonismo, não só lutou por seus direitos, mas também conscientizou a sociedade sobre o papel fundamental da mulher negra. Essas mulheres representam a resistência contra as múltiplas formas de opressão, como o racismo e o sexismo, e suas trajetórias inspiram novas gerações a continuarem na luta por uma sociedade mais justa e igualitária.
A marcha também contou com a presença de importantes figuras políticas e culturais da atualidade, como a deputada estadual Renata Souza, do PSOL, Marina do MST, do PT, a deputada federal Benedita da Silva, do PT, e a renomada escritora Conceição Evaristo. A participação dessas mulheres não só enriqueceu o evento, mas também reforçou a importância da representatividade e do engajamento político na luta contra as desigualdades. Suas vozes e suas histórias ecoaram entre os presentes, destacando a urgência de uma ação coletiva para a construção de um país mais justo e inclusivo.
A professora Guilhermina Rocha, uma educadora antirracista de Rio das Ostras, foi uma das vozes presentes na marcha. Em seu discurso, ela destacou a importância da união e da persistência na luta contra as desigualdades sociais. “É essencial que continuemos a resistir e a nos unir. As mulheres negras sempre foram e sempre serão a base da transformação social. Precisamos construir estados e cidades mais justos, onde nossas vozes sejam ouvidas e nossas vidas sejam respeitadas”, afirmou Guilhermina Rocha.
O evento não foi apenas uma marcha, mas um ato simbólico de resistência e empoderamento. As mulheres negras presentes demonstraram que, apesar das adversidades, continuam a lutar por seus direitos e a construir um futuro melhor para as próximas gerações. As ruas de Copacabana ecoaram com palavras de ordem e cânticos de resistência, reforçando a mensagem de que a luta das mulheres negras é contínua e necessária.
Esta marcha é um lembrete poderoso de que a luta contra o racismo e o sexismo é uma luta de todos. A sociedade deve reconhecer e valorizar a contribuição das mulheres negras, que, com sua força e resiliência, continuam a moldar um futuro mais justo e igualitário para todos.
A 10ª Marcha das Mulheres Negras é, portanto, um símbolo de esperança e de compromisso com a justiça social. É um chamado à ação para todos aqueles que acreditam em uma sociedade mais justa e equitativa. Que possamos aprender com a história e o legado dessas grandes líderes e continuar a lutar por um mundo onde todos possam viver com dignidade e respeito.
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